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Alimentação dos Filhotes.

A alimentação dos filhotes com poucos dias ou semanas de vida deve ser efetuado com cuidado e critério. Atualmente existem, no mercado, diversos alimentos destinados à alimentação de filhotes de aves. Marcas como CC-Albium, Beppler, Alcon têm colocado à disposição do criador alimentos que atendem a este fim. Se possível devemos procurar alimentos voltados a psitacídeos.

Nem sempre é possível esta escolha, sobretudo em lugares muito afastados dos grandes centros urbanos ou onde não haja grande saída de produtos para aves. Atualmente a Alcon tem para venda alimentos especialmente voltados para filhotes de psitacídeos, caso das Calopsitas. Junto com as embalagens segue também a forma de preparo dos mesmos. Via de regra o alimento - em pó - deve ser dissolvido em água morna e servida aos filhotes.

Embora filhotes possam aceitar alimentos frios observa-se uma aceitação maior quando a alimentação se dá morna. Os filhotes podem, inicialmente, não aceitar de bom grado este tipo de alimento. Devemos, entretanto, insistir para garantir a vida da ave. Alguns criadores se utilizam de seringas. Enchem-na de alimento e colocam dentro do bico da ave. A Cockatiel Society aconselha que os filhotes sejam primeiramente aquecidos e colocados sobre uma superfície devidamente 'acolchoada' por panos de forma que o filhote possa sentir o mínimo possível de frio.

Atualizando os conhecimentos atuais temos procedimentos mais detalhados nesta alimentação por seringa : Com o filhote de frente para você , seringa na mão direita, entre com a seringa pelo lado direito do bico do filhote, diagonalmente, cerca de 45° em direção ao lado esquerdo ( onde fica o papo ) . Quando a seringa entrar no bico pressione lentamente para que o filhote reconheça a 'papinha'. Quando ele sentir e começar a pedir vá apertando a seringa levemente de forma a não encher totalmente seu bico de papinha e nem que aspire o ar, podendo engasgar. E desta forma vá alimentando o filhote ( abaixo segue esquema visual para auxiliar a sabermos como alimentar e quanto de alimento devemos dar aos filhotes ) .
Alguns criadores aconselham a alimentação através de colheres de café ( pequenas ) . Se possível 'entortadas' nas bordas de forma a criar um pequeno 'funil' . Pegamos o alimento e damos diretamente no bico da ave. Elas aceitam o alimento normalmente.
Outros criadores pegam pedaços de madeira ou plástico bem finos, colocam o alimento neles e , a seguir, no bico dos filhotes. Independentemente do método devemos sempre nos lembrar da delicadeza dos filhotes e procurar sempre tomar o maior cuidado possível.
Sempre após a alimentação dos filhotes temos que proceder à limpeza dos mesmos, sobretudo nos bicos. Caso as penas fiquem sujas devemos umedecer um pano limpo em água morna e, delicadamente, proceder à limpeza da ave. O mesmo vale para o bico. A sujeira nos bicos pode favorecer a criação de fungos, prejudicando a ave. Pode-se utilizar uma haste de plástico com algodão na ponta ( 'cotonete' ), umedecê-lo em água morna e proceder à limpeza do bico .
Devemos proceder à alimentação dos filhotes sempre que eles estiverem com aproximadamente 10% do papo vazio. Abaixo segue uma 'tabela' para auxiliar no controle da alimentação dos filhotes . Devemos atentar que muitos filhotes, mesmo com o papo cheio, ficam ainda pedindo mais alimento. Devemos ter o bom sendo e perceber que é uma manha natural ao filhote. Caso continuemos dando alimento podemos até mesmo estourar o papo do filhote, vindo a matá-lo.




Para a alimentação dos filhotes podemos seguir estas recomendações abaixo :

Os filhotes deverão ter 2 semanas de vida, no mínimo. Se você fizer antes, o pássaro provavelmente não sobreviverá.
Lembre-se : este procedimento somente é aconselhável se estritamente necessário. Criadores comprovam que aves alimentadas normalmente pelos pais têm uma melhor saúde e uma maior longevidade ! Prepare a mistura seguindo estritamente as instruções na embalagem do produto. Esta mistura pode ser encontrada nas petshoppes . O filhote pode ser alimentado com uma seringa normal. Não fique surpreso com os sons que os filhotes emitem durante a alimentação.
Horários de alimentação :



A partir da sexta semana você pode começar a deixar um pouco de mistura para calopsitas na gaiola. O filhote paulatinamente irá começar a comer sozinho, sem sua ajuda.
Deixe disponível milho cru para o filhote.O filhote provavelmente estará independente por volta de 10 a 12 semanas. Daí ele estará “desmamado”. A partir deste ponto prosseguir com a alimentação normal de calopsitas. A partir de um mês, um mês e meio de vida ( 6 semanas ) deixe um pouco de ração na gaiola.
O filhote irá aos poucos provando e paulatinamente mudando da papinha para sementes. Ao ver os pais comendo serão estimulados a fazer o mesmo. Da mesma forma começarão a provar os alimentos dos pais, principalmente milho verde . A partir do segundo para o terceiro mês podemos começar a fornecer apenas os alimentos normais. Um filhote saudável irá efetuar sozinho a transição.
Não esqueça de ficar sempre observando o filhote e seu desenvolvimento. Verifique se está se alimentando de forma normal, se está comendo bem, se está sempre curioso com as coisas à sua volta. Uma ave demasiado quieta não é normal. Embora filhotes costumem dormir mais do que adultos devemos estar sempre atentos .
Uma ave muito quieta pode ser sinal de algum problema maior, talvez mesmo necessitando a intervenção de um(a) veterionário(a) .

Cuidado com os filhotes.


Após a eclosão dos ovos os pais se revezam no cuidado e alimentação dos filhotes. O comportamento dos pais, a partir deste momento, pode variar ainda mais. Normalmente a fêmea fica com os filhotes. Quando ela sai o macho fica no ninho aguardando o retorno dela para poder sair novamente. Tanto a fêmea quanto o macho alimentam o filhote diretamente no bico. Atentem que nem todos os ovos eclodem, obrigatoriamente.

O período de duas semanas é crucial no crescimento dos filhotes. Quanto mais os filhotes receberem alimento diretamente dos pais mais saudáveis eles serão. Quando se quer amansar calopsitas normalmente se retiram os filhotes durante o final deste período . Antes disto há grande chance dos filhotes morrerem. Atualmente tem-se a tendência de tentar amansar calopsitas somente a partir dos três meses de vida. Desta forma garante-se uma maior saúde e longevidade da ave. Embora deva-se evitar ao máximo se mexer em ninhos neste período temos que atentar para dois fatos :

Primeiro : algumas vezes um filhote acaba saindo do ninho propriamente dito, indo para a 'ante-sala' ( onde há a abertura redonda de entrada do ninho ) . Caso o filhote seja novo e fique lá são grandes as chances de sua morte. Filhotes não conseguem gerar o seu próprio calor de forma adequada. Permanecendo na câmara do ninho é aquecido pelos pais e, quando há mais de um filhote, pelo próprio irmão. Nestes casos é interessante uma avaliação adequada e que se tente pôr de volta o filhote na câmara principal. Na foto abaixo note que há tanto filhotes na câmara principal quanto na 'ante-sala' . Como é grande o número de filhotes isto é normal. Note que ficaram , neste caso, dois nesta ante-sala. E como são um pouco maiores e mais emplumados acabam conseguindo se aquecer melhor.


Segundo : algumas vezes os pais acabam não alimentando os filhotes ou acabam alimentando-os menos do que deveriam. Nestes casos os filhotes podem simplesmente morrer por inanição. Temos também a possibilidade de que, por algum motivo, os pais abandonem o ninho. Em qualquer destes casos se não tomarmos alguma ação os filhotes certamente morrerão. Devemos lembrar, sempre, que calopsitas são aves naturalmente assustadiças. Um grande susto ou grande alteração de seu ambiente de forma repentina pode ocasionar tais abandonos. Nestes casos temos que proceder, nós mesmos, à alimentação deste filhotes. Abaixo fornecemos a maneira certa para agirmos da forma mais acertada possível. Filhotes são extremamente frágeis e delicados. Temos que tomar o maior cuidado possível no eventual manejo dos mesmos.

Reprodução.


As calopsitas atingem sua maturidade sexual por volta dos 12 meses. Desta forma é desaconselhável a reprodução com menos idade. Os sinais que suas Calopsitas estão próximas da reprodução são muito claros: cantam mais; estragam objetos; ficam agressivas; ficam saltitantes e o macho começa a procurar materiais para a confecção do ninho.
Antes de fazer planos objetivando a reprodução de suas Calopsitas você terá de pensar em instalações adequadas para tal intento. A opção de gaiola para um casal – 1m X 0,4m X 0,5m (comprimento, largura e altura) é um ótimo
começo!
Um ninho de madeira do lado de fora compondo uma caixa horizontal com 20 x 20 cm de frente, de preferência com uma entrada redonda e 35 cm de comprimento. Dois poleiros de diâmetros diferentes, variando de 1,5 a 2,5 cm, instalado em quarto ou galpão ventilado, mas sem correntes de ar. Localização protegida de ventos frios (sul) por paredes, quebra-ventos, cercas vivas etc. e de forma a receber o sol da manhã. Já os viveiros devem ter de 3 x 1 x 2 m para 1 ou 2 casais e de 4 x 3 x 2 m para os filhotes.
Podem ser de tijolos de barro rebocados, de alvenaria, de placas de cimento, de blocos de cimento revestidos de argamassa, com cobertura de telhas de cerâmica em 1/3 do viveiro, protegendo os comedouros e ninho, tela galvanizada de cerca de ½ polegada e fio 18. Piso de concreto com escoamento para água. Dois poleiros de madeira, vasilhas de barro ou louça e uma separada para tomar banho. A ventilação e o recebimento da luz do sol devem ser idênticos aos das gaiolas.
Um casal é formado pela própria escolha das aves. Ter um casal junto não significa obrigatoriamente que eles irão se reproduzir. Embora as chances sejam aumentadas elas não são absolutas. Os casais se formam naturalmente. Após a fecundação da fêmea pelo macho ela irá colocar em média de 4 a 7 ovos no ninho . Não obrigatoriamente todos estarão fecundados. A fêmea coloca os ovos com um espaçamento de 1 a 2 dias ( em média ) entre eles. E da mesma forma os filhotes não nascerão todos ao mesmo tempo. Após a postura dos ovos os filhotes nascem em um período de 17 a 22 dias . Normalmente os filhotes devem ser separados dos pais com 8 semanas de vida.
A colocação de um ninho próprio para calopsitas ( vendido nas petshops ) fornece o estímulo necessário para a reprodução. Se possível é aconselhável colocar o ninho no lugar mais alto possível. Isto porque, desta forma, estaremos nos aproximando o mais possível do ambiente natural de nidificação na natureza onde as calopsitas criam os ninhos no alto das árvores.
Em seu habitat natural, reproduzem na época das chuvas, quando os alimentos são mais abundantes. O ninho normalmente é feito em buracos já existentes nas árvores, geralmente em eucaliptos próximos à água. Os filhotes com dois meses já comem sozinhos.
Em cativeiro, reproduz o ano inteiro (principalmente durante a Primavera e Verão), mas aconselha-se tirar apenas 2 ou 3 ninhadas por ano para não desgastar as aves. Caso queira interromper a reprodução, basta retirar o ninho. As calopsitas podem efetuar sua reprodução o ano inteiro mas é aconselhável deixar que tenham apenas 2 ou 3 ninhadas anuais. Há um grande desgaste dos pais no tratamento e cuidados dos ovos e filhotes levando-os a uma exaustão caso fiquem efetuando reproduções uma após a outra. Notar que nas épocas de procriação deve ser fornecido milho verde diariamente, sobretudo quando nascerem os filhotes. Procure fornecer também de forma regular ( dia sim , dia não ) as verduras .

A alimentação dos pais também deve ser mais abundante, bem como a oferta de água disponível. Os criadores experientes aconselham deixar sempre à disposição das aves 'banheiras' com água , sobretudo nesta época. Os pais eventualmente procuram esta oferta extra de água até mesmo para auxiliar no nascimento dos filhotes, umedecendo os ovos . A aplicação de vitaminas também é efetuada por alguns criadores, bem como fornecimento de cálcio extra ( normalmente colocado na água das aves ) .

Porém aves saudáveis e bem alimentadas não têm a necessidade destes complementos. Para que a postura finalize basta que se retire o ninho. É aconselhável então a limpeza do ninho, deixando-o preparado para quando ocorrer a próxima época de postura. Os criadores limpam os ninhos e o desinfetam com álcool , deixando-o secar naturalmente. Tem-se observado que normalmente épocas secas tendem a fornecer menos ovos galados , mesmo embora os pais estejam saudáveis e sejam prolíficos.

Os pais, na época da reprodução, podem ficar mais arredios ( mesmo se forem calopsitas mansas ) e mesmo agressivos. Isto é natural devido ao seu instinto básico de cuidado e proteção das crias. Sempre é bom lembrarmos disto ao tormarmos alguma bicada inesperada. É aconselhável deixar o ninho em um lugar tranqüilo , dando uma sensação um pouco maior de proteção. Por vezes é observado um comportamento diferente dos pais abrindo as asas e ameaçando bicar, tal qual uma águia preparada para atacar. Nestas épocas o simples barulho à noite pode ocarretar este comportamento.

Se efetuarmos a alimentação dos filhotes na mão acabamos por amansá-los naturalmente. Também é normal que os machos, nestes períodos, diminuam bastante o canto. A maioria simplesmente para de cantar. Na natureza o fato de permanecer em silêncio quando se está com filhotes acaba por ser um fator a mais na proteção das crias. Embora nossas aves estejam livres dos perigos naturais o comportamento dos pais permanece, por instinto.
Você também poderá reparar que a Calopsita é uma ótima mãe. Nunca rejeitam chocar os ovos ou cuidar dos filhotes ou transferir ao dono parte das tarefas da maternidade como acontece com muitos pássaros de cativeiro. Muito pelo contrário. Todos estes fatos fazem da Calopsita um animal extremamente fácil de se reproduzir em cativeiros. Elas se reproduzem tanto em viveiros coletivos (com outros casais ou espécies diferentes) como também como apenas um casal no ambiente. Esta última opção é a mais simples e, portanto, a mais recomendada.
Uma dica interessante é que você forneça palha para com que a fêmea possa montar o ninho evitando-se assim desta forma possíveis danos aos ovos.

Os pais revezam-se constantemente durante a incubação, e também em conjunto cuidam dos filhotes após o nascimento. E justamente quando os ovos finalmente descascarem é que você deverá fornecer diariamente milho verde, pão molhado e osso de siba. Os filhotes são ocultados pelos pais durante os primeiros 10 dias é aconselhável que contenha a sua curiosidade e que não tente os ver durante este período, até mesmo porquê, após 3 semanas eles começarão a explorar a gaiola.
Fique tranqüilo, normalmente os pais conseguem cuidar sozinho de seus filhotes, sendo suficiente oferecer os alimentos adequados, porém, às vezes isto não acontece. Então você mesmo poderá alimentá-los. Isto requer paciência e carinho, mas traz resultados bastante gratificantes e é justamente por isso que você deverá ficar atento se os pais estão ou não os alimentando.
Para tanto bastará você acomodar os filhotinhos em uma caixa forrada com papel, pano e guardanapos de papel (que deverão ser trocados periodicamente). Cuide para mantê-los aquecidos. Não use estopa, pois os fiapos poderão eventualmente machucar os frágeis olhos deles!
Com uma seringa descartável de 10 ml (sem a agulha), remova a parte externa que protege o bico da seringa, e alimente os alimente.
O ritual de acasalamento se dá com o macho se exibindo para a fêmea, levantando a abaixando a crista, cantando e abrindo as asas. Então ele entra no ninho e a fêmea o segue. Durante cinco ou dez minutos, o macho esfrega a cloaca na da fêmea, que emite um som contínuo e baixo. É muito comum este ritual prosseguir por vários dias. A postura costuma se iniciar de uma a duas semanas após a união do casal. O macho deve permanecer com a fêmea, pois a ajuda a cuidar dos ovos e dos filhotes.

Viagem.


Viajar com a sua Calopsita poderia ser algo impensável, mas na prática é um ato que apenas requer alguma ponderação e preparação antes da partida.
A primeira coisa a se fazer é avaliar se a sua ave possui capacidade de adaptação em um novo ambiente, pois ela poderá ser nova ou velha demais, ou ainda em recuperação de um período de doença ou simplesmente ser frágil o suficiente e acabar não agüentando a viagem.
A melhor opção será então procurar um amigo ou até mesmo um hotel para animais que possa tomar conta da sua Calopsita convenientemente. Neste caso, você também terá que ter alguns cuidados, não basta apenas entregar o animal.

Faça um pequeno relatório onde você poderá descrever os principais pontos de comportamento e histórico clínico da sua Calopsita, assim como o telefone do veterinário para uma eventual emergência. Leve também uma pequena reserva de alimentos habituais e brinquedos para que assim ela não sinta uma diferença tão grande ao mudar para outra casa ou para um hotel.
No entanto, caso não tenha outra forma e você terá mesmo de levar sua Calopsita na viagem, antes da partida marque uma consulta com o veterinário para fazer um check-up, no intuito de detectar eventuais sintomas que a impeçam de viajar.
Informe ao veterinário para onde vai e quanto tempo vai estar ausente. O médico, melhor que ninguém, saberá quais as precauções a tomar para evitar doenças, parasitas ou mesmo mal estar devido a sua Calopsita se encontrar fora do seu habitual meio.
Dependendo do local que você for viajar, procure levar consigo os certificados de vacinação, pois desta forma você estará facilitando um possível tratamento dentro e fora do país.

Transportando sua Calopsita na viagem
O melhor meio de acomodar sua Calopsita durante a viagem seria dentro de uma gaiola ou um contentor específico para viajar com animais. Este deverá ter o tamanho suficiente para ela possa se movimentar livremente, mas não voar. As portas deverão estar bem seguras de preferência com grampos de segurança. Por fora, você deverá escrever o nome do animal, o seu endereço residencial e um telefone de contato. Verifique qual o tipo de contentor que as companhias aéreas aceitam, pois elas costumam ter rígidas normas para esta categoria. E lembre-se que é importante antes da viagem, habituar a ave a permanecer dentro do contentor. Para evitar risco de perda ou extravio, além da identificação por fora que já mencionamos, é também de suma importância colocar no pé de sua Calopsita uma anilha de identificação.

Materiais que você deverá levar consigo durante a viagem
- Uma gaiola para manter a Calopsita durante a estadia no local de destino;
- Comida suficiente para a viagem (e mais se no destino não puder adquirir);
- Água fresca para toda a viagem;
- Recipientes para a comida e água;
- Brinquedos habituais;
- Medicamentos recomendados pelo veterinário;
- Material para a higiene e cuidados do animal (cotonetes, cortador de unhas especial para
aves);
- Estojo de primeiros socorros.


Planeje a viagem com antecedência
Ao planejar sua viagem procure obter o telefone para contato de um veterinário na cidade de seu destino, também verifique se poderá comprar lá a alimentação necessária. Escolha um hotel (alojamento) que aceite a permanência de animais (certifique-se sempre, o melhor mesmo é telefonar com antecedência). Acampar não é uma boa solução de férias para a sua Calopsita, pois ficará sujeita a potenciais predadores e bem como variações atmosféricas inesperadas.
Nunca dê á ela calmantes ou tranqüilizantes a menos que tenham sido prescritos pelo veterinário. Tenha em mente que estes tipos de medicamentos poderão diminuir os fatores de equilíbrio e reação impedindo assim que a sua Calopsita possa fugir e ultrapassar eventuais situações de risco durante a viagem.
Nos dias anteriores à viagem não altere as rotinas e a alimentação da sua ave, pois isso poderá causar um stress excessivo.

Cuidados com o calor.


Com a entrada do Verão, os donos de Calopsitas devem ter preocupações redobradas com os efeitos do calor. De modo a poder proporcionar à sua ave um Verão mais fresco e confortável, enumeramos em seguida alguns cuidados que deverão ser tomados.
Controle de temperatura no interior da casa
Se possuir ar condicionado nunca coloque a sua ave próxima do ar fresco. As aves possuem uma capacidade natural de se adaptar a variações suaves de temperatura, no entanto caso fiquem muito expostas ao frio poderão adoecer. Programe o ar condicionado para uma temperatura ambiente normal e constante.
Se você não tem ar condicionado e a sua casa é muito quente no Verão, há um conjunto de ações a tomar:

- Feche as cortinas em todas as divisões da casa mesmo àquelas onde a sua ave não se encontra;
- Evite desenvolver atividades que produzam calor (cozinhar por ex.) nos períodos mais quentes do dia;
- Ao cair da noite, quando começa a baixar a temperatura, abra as janelas para que surja um leve corrente de ar que refresque a casa;
- Retire a cobertura da gaiola da sua ave para que haja alguma ventilação;
- Verifique várias vezes se a sua ave tem água fresca suficiente;
- Afaste a gaiola das janelas ou de locais que possam ser atingidos diretamente pelo sol.

Para tentar amenizar o calor as Calopsitas passam a maior parte do tempo com a boca aberta e com as asas abertas. Neste caso você deverá atuar de imediato, proporcionando um ambiente mais fresco garantido desta forma que a sua ave não fique desidratada. Se você perceber que o estado de sua Calopsita é crítico (que não reage, que a cor da urina é muito clara, etc.) ou se ficar na dúvida, não hesite em hipótese alguma de visitar imediatamente um veterinário de sua confiança.

Durante o verão, quando a temperatura aumenta o ambiente se torna extremamente propício ao aparecimento de bactérias e mosquitos. Neste sentido, os cuidados com a higiene e a alimentação de sua Calopsita deverão ser reforçados. Mantenha a gaiola sempre limpa (sem restos de comida ou dejetos) e jamais utilize produtos tóxicos.
Agindo deste modo você reduzirá drasticamente as chances da gaiola ser invadida por indesejáveis mosquitos e formigas.
Outro grande cuidado que deverá ter é com a alimentação. Verifique sempre que os alimentos frescos estão devidamente lavados e em boas condições. Estes são apenas alguns dos vários cuidados que você deverá ter especialmente durante os dias quentes de Verão. No entanto, dada à fragilidade e sensibilidade delas, recomenda-se uma observação permanente de sua amada Calopsita. Sempre que notar alguma reação ou comportamento estranho, recomendamos novamente uma visita imediata ao seu veterinário.

Aparando as Unhas.


Outro item importante são as unhas, se as unha ficarem grandes demais, ele pode se machucar ou machucar você! Existem poleiros especiais importados que desgastam a unha, não são poleiros com lixa embaixo! A lixa colada no poleiro pode machucar a pele da sola do pé. Você pode cortar a pontinha da unha com cuidado para não cortar os vasos sangüíneos (Como cães que tem unhas pretas e não dá para ver o vaso sangüíneo).
Se por acidente a unha dele começar a sangrar, tenha calma, aguarde um pouco, se não parar, você deve ter em casa um produto encontrado em casas de produtos veterinários que ajuda a estancar o sangue imediatamente. Se você não tiver, a alternativa será correr para o Veterinário. Então, MUITO CUIDADO!
Na minha opinião, a maneira mais garantida é lixar a unha com lixas normais. Não tem segredo, só lixar um pouquinho e com cuidado. Olhe o desenho acima e veja por onde circula o sangue. Se o pássaro não parar quieto, enrole-o com uma toalha macia deixando apenas os pézinhos de fora. Pegue unha por unha com cuidado para não machucar os ossinhos dos dedos e lixe as pontinhas. Você vai precisar da ajuda de alguém para fazer esta tarefa.

Banho.


O banho é algo sagrado, e que as Calopsitas não dispensam, se lhes permitirmos ter onde sebanharem. No entanto, assim como outros pássaros, as Calopsitas não apreciam fisicamenteserem colocados na água do banho e serem lavados pelos seus próprios donos.
Estão habituadaspor instinto a fazer a sua higiene pessoal onde têm possibilidade para isto. Grande parte das Calopsitas criadas em cativeiro nunca tiveram essa oportunidade exatamentedevido a muitos criadores inexperientes não atentarem ao fato de que elas necessitam de umrecipiente que lhes permitam entrar de corpo inteiro.O primeiro passo será arranjar uma "banheira" adequada à ave e que incentive o seu banho regular.
Existe um mito que o banho torna as aves mais vulneráveis, isso é falso, assim como você, elasse tornariam vulneráveis caso não pudessem tomar banho freqüentemente! No entanto, alguns cuidados deverão ser adotados; nunca as deixe diretamente sob o sol ou emzonas de freqüentes correntes de ar. Lembre-se que um banho de água de temperatura ambienteé o melhor que elas podem desejar.
Infelizmente no Brasil não existem muitas "banheiras" disponíveis em lojas do ramo, mas pode-sefacilmente improvisar uma. Um recipiente qualquer que permite que ela possa se banhar porcompleto (caiba apenas o seu corpo), mas cuidado para que este recipiente não seja tão fundo. Geralmente as Calopsitas costumam ficar apenas observando o recipiente duranteaproximadamente 3 dias antes de finalmente se acostumarem com ele e saltarem para dentro etomar o seu banho diário.
No inverno as Calopsitas também costumam se banhar. Mas não somente no inverno quanto emépocas frias as gaiolas não deverão estar em varandas ou em locais frios, lembre-se que assimcomo você, sua Calopsita poderá pegar um resfriado ou pior do que isso; pneumonia. Caso a sua gaiola não tenha espaço suficiente para a "banheira" é um claro sinal que a sua gaiolaé pequena demais para que a sua Calopsita viva confortavelmente. Com certeza você nãogostaria de passar a sua vida num espaço onde mal pudesse dar 4 ou 5 passos. Com asCalopsitas é o mesmo.
Compre uma gaiola maior e se possível monte um ninho por uma questãode proteção por mais que a sua Calopsita viva só. Caso queira você ainda poderá instalar umchuveiro, e isso é bem simples, bastará providenciar um caninho que produza gotejamento e issopara as Calopsitas é muito agradável e uma ótima forma de contribuir bastante para a sua higienee limpeza e até mesmo para a dos donos que por ventura tenham problemas respiratórios, poisdiminui a disseminação de poeiras.

Alimentação.


A Calopsita costuma se alimentar de sementes, mas em seu ambiente natural não dispensa osfrutos e insetos. No cativeiro, a dieta da Calopsita simplifica a vida dos donos e criadores. É composta principalmente por ração e sementes, encontradas com facilidade nas lojas. Os complementos são comuns, como frutas e verduras.
Os grãos germinados de girassol, painço, aveia com casca, milho seco, trigo e arroz sem casca,pão duro, os integrais e os secos também devem ser providos.
Já a areia grossa e lavada e farinha de ostras ajudarão na digestão e serão excelentes fontes de cálcio.Ainda deve ser dado o carvão vegetal em pedaços ou moído, misturado com areia e com farinhade ostras.
Os ossos de siba não devem ser esquecidos também. Diariamente oferecer composto de 20% de alpiste, 50% de painço, 15% de arroz com casca, 10%de aveia e 5% de girassol.
Uma, duas ou três vezes por semana, ofereça ração, frutas (maçãs em pequenos pedaços), legumes em pedaços e verduras como couve, almeirão, espinafre, chicória, bem lavados.
Em dias alternados, ofereça milho verde, mas se houver filhotinhos, passe a oferecer todos os dias. Com relação às frutas, restringir a oferta de frutas muito ácidas ou doce/gordurosas demais (limão, laranja, manga, abacate).
Retirar as sementes das frutas é interessante, pois algumas (como as de maçã ou pêra) podem ser tóxicas para a ave. As verduras/legumes podem ser oferecidas crus e evitar a oferta excessiva de folhas escuras(excesso de ferro) e não oferecer alface (causa diarréia).
Grãos como o grão-de-bico, soja, lentilha e feijão podem ser oferecidos cozidos e sem tempero.11A espiga de milho pode ser dada inteira, devendo somente ser escaldada antes em água quente.
Cuidado com o excesso de semente de girassol ou amendoim. São muito gordurosos (problemasno fígado e obesidade), além de possuírem um fungo (toxinas) que pode causar doenças nas aves.
Prefira castanhas como nozes, avelã, amêndoa ou castanha do Pará. O ideal é oferecê-las 2vezes por semana.Queijo branco, ração de cachorro, ovo cozido podem ser oferecidos de vez em quando, comoalternativas de fontes protéicas.
A pimenta dedo-de-moça é importante fonte de vitamina C.Rações comerciais (peletizadas/extrusadas), atualmente são boas opções.Suplementações vitamínicas não devem ser esquecidas. Às vezes, dependendo do que foi oferecido as aves, as fezes saem com a coloração alterada.
Resumo da alimentação
- 50% de painço;
- 20% de alpiste;
- 15% de arroz com casca;
- 10% de aveia com casca;
- 5% de sementes de girassol;
- milho verde seco em dias alternados;
- ração para cães 2 vezes por semana;
- frutos (maçã, pêra, banana, menos abacate) 2 vezes por semana;
- pão duro, seco e em pedaços de preferência o integral à vontade, torradas;
- barrinha de cereais para calopsitas
- legumes e verduras: brócolis, dente de leão, rúcula, couve, folha de beterraba, radice,espinafre, almeirão, chicória, pesto ou manjericão, vinagre (as folhas vermelhas), folhas dabeterraba, folha de batata doce, chuchu cru, jiló, cenoura, abóbora, guaco, hortelã, hortaliças echás verdes (ao natural) e etc. Nunca dê alface, tomate ou berinjela;
- semente de abóbora é vermífuga e elas adoram. Semente de melão também. É só lavar e secar que elas devoram. As sementes de maça são tóxicas.
- farinhada;
- grão de bico, colocado de molho na água por duas horas;
- metades de tijolos velhos de barro, fervidos na água com uma colher de sopa cheia de sal,deixa-se nas gaiolas para eles roerem.

Atenção: A alimentação dos filhotes é exatamente a mesma dos adultos, acrescida de milho verde diariamente e o mais importante de tudo; você deverá sempre estar atento para que asfezes da Calopsita não entrem em contato com as comida, pois podem transmitir doenças. No caso dos pássaros, as mais comuns são as verminoses, as infecções bacterianas e a coccidiose(protozoário causador de diarréia e morte).
Se um pássaro com doença transmissível ingerir as próprias fezes, fica reinfestado e a doença reinicia o ciclo, enfraquecendo-o mais. Para evitarfezes na comida, o comedouro nunca deve ser posto abaixo dos poleiros (frutas podem serpenduradas acima do poleiro mais alto).
Para o pássaro não derrubar comida enquanto come (porexemplo, não deixar cair grãos ao selecionar os maiores), não encha demais o comedouro, retire12restos como cascas sem sementes, que formam volume desnecessário, ou use comedouro comtampa vazada (só passa a cabeça).

A bandeja com fezes deve ficar distante do piso de grade,para a ave não alcançá-la.

Receitas de farinhada (papinha):
Receita 1 – Farinhada básica – um ovo cozido amassado para duas colheres de farinhade milho (fina = fubá ou média). Outra farinhada: para cada ovo cozido amassado + 1 colher desopa de proteína de soja texturizada + 1 colher de sopa bem cheia de farinha de milho média + 1colher de sopa bem cheia de milheto. Dar 1 vez por semana. Pode-se eventualmente acrescentaruma pitada de levedura de cerveja (rica em complexo B). Experimentar colocar Mucilon junto como ovo cozido. Espremer uma cenoura cozida junto com o ovo.
Receita 2 – Farinhada incrementada – um ovo cozido descascado e amassado, parauma colher cheia de fubá, mais uma colher de sopa de soja texturizada média ou fina, e mais umapitada de Penavit Plus em pó.
Receita 3 – Farinhada protéica – farinha de rosca 20%, Neston (Floco de cereais – trigo,cevada e aveia)- 60%, Farinha Láctea – 20%. Para cada quilo de farinhada pronta acrescentar 45gramas de pré-mix (aminoácidos essenciais) encontrado em lojas de animais e 45 gramas defosfato bi-cálcico. Para cada quatro colheres (sopa) das farinhas acrescentar um ovo cozidotriturado.
Receita 4 – Farinhada sopão – 1 Kg de farinha de rosca, 1 Kg de farinha de mandioca, 1Kg de farinha de milho, 3 colheres de sopa de casca de ovo moída no liquidificador (bem miúda),5 ovos espremidos em peneira (gema e clara), água. Misture tudo até tomar um formato uniforme.Vá adicionando água para que a farinhada fique úmida.

Cores e Variedades.

Prata Recessivo & Prata (Silver): Há duas formas distintas. A chamada recessiva e a dominante.
Prata Recessivo - Difere do padrão normal pelo fato de os olhos serem de cor vermelha e o cinza global do corpo ter passado à cor prateada, ocorrendo uma grande flutuação de tonalidades entre os indivíduos. As demais características de cor são as mesmas do padrão normal, inclusive quanto a identificação do macho e da fêmea.
Prata Dominante - São aves que apresentam a cor cinza do padrão normal diluída, mostrando um tom pastel prateado. Os olhos e pernas são pretos, as pernas cinzas, mantendo o amarelo forte das faces e da crista e o vermelho das bochechas, com um prateado mais escuro na região do pescoço. A graduação do prateado varia de ave para ave, sendo a cor dos machos mais brilhante e intensa. A diferenciação entre os sexos pode ser feita do mesmo modo que o padrão normal. Nesta mutação, os genes produzem dois efeitos visuais diferentes, caso ocorram como fator simples ou duplo. Aves fator-duplo são mais claras que as fator-simples, parecendo lutinos, mas com um tom acinzentado; eles retém a marcação mais escura na cabeça, olhos e pés escuros.
Oliva ou Esmeralda (Olive ou Spangle ou Emerald Green) - Se caracteriza, basicamente, por uma coloração canela-esverdeada, podendo variar de claro a escuro, e um padrão de marcação das penas muito característico (que as pessoas denominam padrão de lantejoulas, ou spangled no inglês).

Platinum: Há uma confusão com relação a esse nome, uma vez que na América do Norte chamam de Platinum aves prata dominante. Essa mutação se caracteriza por uma coloração "cinza-fumaça" clara (como eles mesmos definem: smokey-grey), com asas e cauda cinza mais escuro. Bico, pés e pernas são bege-claro Os olhos são vermelhos ao nascer, mas escurecem logo em seguida. Atualmente existem várias mesclas de tipos e cores.




Lutino - O mais popular e apreciado, são pássaros de cor dominante branca, com olhos vermelhos, pés rosados, crista amarela, bico marfim, cabeça amarelada com bochechas vermelhas. Nas asas e na cauda, também está presente o amarelo. Os exemplares podem apresentar desde um amarelo forte até um branco quase total no corpo. Neste padrão ocorre um defeito de origem genética, caracterizado pela existência de uma área sem penas localizada atrás da cabeça. Fêmea com estrias amarelas na face inferior da cauda e spots amarelos embaixo da asa.
Cinza ou Normal (Normal Grey) - Essa é variedade selvagem original, que se encontra na natureza, com o corpo cinza e a bordas das asas brancas. Os machos tem a crista e a cabeça amarela, a fêmea é cinza amarelado com a cabeça cinza. Ambos têm na cara manchas arredondadas na cor vermelha, sendo que as fêmeas tem o tom de vermelho mais suave. A cauda do macho é totalmente negra, já na fêmea intercala negro com amarelo na parte de baixo. Em ambos os sexos, os olhos são marrons e o bico cinza escuro, pernas e pés, cinza escuro.
Pérola - Mutação que afeta as penas individualmente (há uma falta de melanina no centro de cada pena, individualmente), fazendo com que haja uma falta de coloração uniforme, resultando em penas com coloração em forma de concha. De modo geral, mostram as duas manchas laterais à cabeça, as faces são amarelas salpicadas de cinza, e a crista amarela riscada de cinza. As penas das costas exibem um padrão escamado, resultante da ausência de melanina no seu centro, podendo a cor desta parte das penas variar do branco ao amarelo. As penas das asas são cinza, com faixas amarelas. A cauda é amarela, e o peito e a barriga, listrados de amarelo e cinza. As fêmeas carregam o perolado nas costas, asas, nuca e cabeça, com uma concentração maior nas costas. Os machos adultos podem perder totalmente o perolado, principalmente na cabeça e na nuca.
Arlequim - Mutação que causa alteração ou disrupção da coloração normal em áreas randômicas. Esse padrão é muito variável e se apresenta em aves bastantes semelhantes ao normal, até aquelas com poucas áreas de cor cinza, predominando o amarelo claro e apenas algumas penas de coloração cinza. Nota-se que a cabeça exibe um amarelo forte, bochechas bem vermelhas e crista amarela. Idealmente, uma arlequim deve mostrar 75% de penas com ausência de melanina e 25% com presença de melanina. Um arlequim puro tem, idealmente, uma máscara limpa, sem manchas cinzas, uma cauda limpa e asas de vôos com cores balanceadamente iguais nas asas, com simetria perfeita. Existem 4 classificações reconhecidas de arlequim: Arlquim claro (ou light, com 75% ou mais de melanina), escuro (ou heavy, com apenas 25% de melanina), reverso (ou reverse, com manchas apenas nas asas de vôo, tendoo restante do corpo sem melanina) e limpo (ou clear, um pássaro totalmente amarelo ou branco; é também conhecido como lutino de olhos pretos).



Canela (Cinnamon) - As aves são semelhantes ao padrão normal, com exceção da alteração na coloração da melanina, produzindo uma coloração marrom-claro (ou canela). Também as pernas e os olhos são de coloração mais clara. Os machos adultos são um pouco mais escuros que as fêmeas (em razão da maior presença de melanina). Algumas fêmeas podem ter mais amarelo na face do que os machos, além de apresentarem o barramento típico sob as asas da cauda.
Cara branca (Whiteface) - Essa mutação causa perda do pigmento psitacina (que confere tons amarelo e laranja), causando a falta da pigmentação laranja e amarela nas bochechas e no corpo. A fêmea tem o corpo cinza, bordas das asas brancas e face interior da cauda com estrias pretas e brancas não apresentando a bochecha, tornando a face inteiramente cinza. O macho segue um padrão parecido com o normal, porém com a face totalmente branca e as cores cinzas com um tom mais escuro, crista cinza e bordas das asas brancas.
Fulvo (Fallow) - Semelhante ao canela (também há mudança da coloração da melanina de preto para marrom), mas aqui também ocorre uma diminuição da densidade da melanina, fazendo com que pareçam um canela pálido. O amarelo é mais pronunciado (principalmente embaixo do corpo e crista), olhos são vermelhos e peito é de coloração mostarda ou creme. As fêmeas costumam ser mais bonitas que os machos, por apresentarem cores mais brilhantes. Os sexos são praticamente iguais, tornando-se mais difícil a identificação.




Albino (Whiteface Lutino) - Ave inteiramente branca, com os olhos vermelhos e pés rosados, com ausência total de qualquer pigmentação (na realidade, resultam da combinacao de duas mutações: lutino e cara branca). As fêmeas são mais fáceis de ser encontradas, por ser um padrão com herança ligada ao sexo.
Cara amarela (Yellowface ou Yellowcheek) - São em tudo semelhantes aos demais padrões, diferindo apenas na cor das bochechas, que, ao invés de serem vermelhas, mostram-se amarelas. A principal diferença entre os sexos é o amarelo da bochecha, que é mais forte no macho. Há três formas dessa mutação (como ocorre com o padrão prata): a dominante simples-fator, a dominante duplo-fator e a recessiva.
Pastel (Pastel face) - Apesar de conferir a mesma coloração, o padrão Pastel não deve ser confundido com o cara amarela. Essa é uma mutação sutil, que promove um tom mais brando de todas as cores. Externamente é em tudo semelhante ao cara amarela, mas tem herança genética autossômica recessiva, o que facilita e acelera as combinações entre os padrões, principalmente com aqueles de herança ligada ao sexo. É dominante apenas para o padrão cara branca. Também aqui ocorre duas formas: fator-simples e fator-duplo.
Essas são algumas das calopsitas, porém as mutações continuam e ainda podemos encontrar muitas diferentes umas das outras, demos só o básico das diferenças visuais de uma pra outra. Tudo isso acontece devido a pigmentação de melanina em cada uma, isso que determina o padrão de cores.Porém todas são muito bonitas, os preços podem variar da que é mais comum a mais excêntrica.


Descrição externa.




01 – crista
02 – fronte
03 – cera
04 – maxila (mandíbula superior)
05 – mandíbula inferior
06 – bochecha
07 – garganta
08 – nuca
09 – pequenas coberteiras
10 – coberteiras médias
11 – coberteiras grandes
12 – coberteiras secundárias
13 – coberteiras primárias
14 – rêmiges primárias
15 – rêmiges secundárias
16 – rêmiges terciárias
17 – escapulares
18 – coberteiras inferiores da calda
19 – coberteiras superiores da calda
20 – retrizes laterais
21 – retrizes centrais
22 – dorso
23 – uropígio
24 – tarso

Amansando Calopsitas.

As Calopsitas tendem a bicar forte se você pegá-la com força ou se ela se sentir ameaçada. Muitas vezes chega a machucar bastante, mas se ela tiver brincando e se sentir à vontade proximo de você, ela poderá bicar devagarinho, apenas para explorar sua mão. Nesse caso não se assuste e nem tente pegar a ave sem que ela se sinta à vontade. Deixe que ela se sinta confiante em vir à sua mão e receber carinhos.
É a forma que elas têm de conhecer e experimentar tudo ao seu alcance. Muitas vezes bica e utiliza a língua junto, para sentir o gosto. Outras vezes bicam levemente e repetidamente, em um ato de carinho. E, geralmente, antes de uma bicada mais forte, ela grita e avisa! Raramente Calopsitas mansas bicam com força e, no manuseio de calopsitas bravas, pode ser necessária uma luva, apesar de que como já mencionados a bicada não é das piores...
Se desde filhotes são alimentadas e manuseadas, acostumam-se e ficam dóceis, chegando a pedir “cafuné”. Entretanto, quando se adquire uma mansa, pode levar algum tempo até ela se acostumar com o novo dono e o até então desconhecido ambiente. Com paciência, presença constante e falando com ela, aos poucos ela vai se acostumando, mesmo reclamando, que se pegue nela.
Uma técnica bastante utilizada seria deixar o poleiro mais baixo para ficar mais próximo do alcance das mãos. No entanto, se a Calopsita que adquiriu é brava você poderá acostumá-la dando comida pelo lado de fora. Nessa hora, com a gaiola no chão, aproxime a mão perto dela lentamente, até o momento em que ela se entregar. Pronto. A partir daí a interação só irá aumentar.
É muito importante salientar que infelizmente não há uma regra específica que seja infalível para o amansamento. O relacionamento entre o dono e a ave é muito sutil, mas definitivamente ela é assustadiça: evite berros, movimentos bruscos e demonstre sempre carinho.

Comportamento.

Atitudes comportamentais

Ficar empoleirada somente com uma perna

Esse é um bom sinal, indica que sua ave está relaxada, em descanso. Apenas aves sadias ficam nessa posição. Geralmente nessa ocasião as aves aproveitam para tirar uma soneca.


Abaixa a cabeça para você

É um comportamento que representa confiança que ela deposita em você, para receber seu carinho. Faça movimentos delicados em sua ave, na cabeça, na região da bochecha, dos ouvidos.


Posição do topete

Pode dizer nos dizer muitas coisas!! Quando a crista está em posição normal, significa que sua calopsita está relaxada e calma. Crista muito ereta, significa atenção; ao contrário, se o penacho estiver abaixado, significa que a ave está concentrada, interessada ao que está em seu redor.


Rangendo o bico

A calopsita tem por hábito ranger o bico (roçar a parte de cima com a parte de baixo do bico) quando estão relaxadas e descansando ou minutos antes de dormir, e tal comportamento não indica que a ave esteja com vermes, conforme costuma-se ouvir a respeito.

As calopsitas são aves muito dóceis e adoram interagir com outras aves e até mesmo com o ser humano. São ativas e brincalhonas, adoram subir, trepar, roer. Vivem pulando de um lado pro outro. Daí a importancia de ter sempre alguns entretenimentos na gaiola para se exercitarem e se distrairem. Se bem tratadas, vivem mais de 20 anos e geralmente morrem de velhice. São fortes e raramente adoecem.
São pássaros que requerem muito tempo e muita atenção, mas isso não significa que você se desfaça dele para adquirir outro pássaro. Você realça sua família com esse pássaro. É muito gratificante ter Calopsitas, elas estão sempre em movimento, alegrando o ambiente. E mesmo sendo adepta a muitas brincadeiras, não costumam ser destrutivas.
Calopsitas podem assobiar e falar. Alguns especialistas dizem que elas podem apenas ou falar ou assobiar e outros especialistas dizem que elas apenas podem assobiar, não conseguindo falar. Mas isso varia de exemplar para exemplar. Algumas pessoas usam fitas cassetes, CDs e programas de computador para ensinar suas calopsitas a falar. É um dos pássaros perfeitos para quem quer uma relação mais íntima com uma ave. São divertidos e leais ao bando, do qual o dono passa a fazer parte.
Extremamente pacífica e dócil, seja com outras aves ou mesmo com seres humanos. Ela não é nada agressiva e se o viveiro não for muito pequeno, convive bem inclusive com aves menores. Mesmo sendo maior que os outros habitantes de um viveiro, a Calopsita não tenta dominar o local, afugentando as outras aves dos poleiros ou ninhos.
Com pessoas, a relação também é amigável e participativa. É um bicho de estimação para toda a família. Elas se apegam às pessoas da casa e normalmente quando as vêem assobiam e se aproximam das grades da gaiola para as observarem de perto e acompanharem atentamente suas atividades. A única recomendação sobre o convívio entre Calopsitas e humanos é em relação à crianças pequenas e pouco acostumadas a lidar com aves. É preciso orientá-las para evitar que machuquem as Calopsitas caso as peguem na mão e também para que não as estressem com atitudes bruscas, como bater no viveiro ou gritar muito alto. Atitudes como essas deixam as aves apavoradas e desconfiadas com pessoas.
Calopsitas adoram assobiar – especialmente os machos. Quando se assobia para uma Calopsita, ela normalmente responde e inicia uma simpática “conversação”. Aprendem até a assobiar músicas. Ainda que não seja o forte da espécie, a Calopsita pode aprender a falar. Com muito treinamento é possível que emita pelo menos algumas palavras.
O estilo dócil e interativo da Calopsita permite que ela tenha um convívio extremamente próximo aos donos. Se acostumada desde pequena ao contato com o homem, ela aceita ser pega na mão e ficar no ombro. Ainda que muitos criadores não recomendem criar a Calopsita solta, pois temem que seja pisada por alguém ou atacada por algum outro bicho, há muita gente que opta por isso, pelo menos por um tempo.
Ativa e brincalhona, a Calopsita parece mesmo ser uma ave feliz. Estão sempre brincando, pulando de um poleiro para outro, subindo na grade ou divertindo-se na banheira. É muito gratificante ter Calopsitas, elas estão sempre em movimento, alegrando o ambiente. Mas, mesmo sendo adepta de muitas brincadeiras, as Calopsitas não costumam ser destrutivas. Diferente de alguns Psitacídeos que roem os poleiros e os brinquedos, a Calopsita não é de estragar os objetos que usa.

Características.

As calopsitas (Caturras, Cocktail, Cotorras) são excelentes animais de estimação, tornando-se extremamente dóceis, brincalhonas, amigáveis e apegadas ao dono. Mas, para isso, é muito importante saber de quem comprar, pois a saúde e a docilidade de sua calopsita mansa dependem muito da criação. Por ser uma ave muito fácil de criar, é recomendada para iniciantes e para quem quer ter pouco trabalho.
São tão bonitas, que mais parecem um ornamento em casa. São calmas, fáceis de criar, vivem muito tempo e comem pouco. Sua crista no alto da cabeça explica muito o comportamento do animal.
Elas não são territorialistas e admitem outras espécies de aves no mesmo viveiro. Se apegam demais aos donos ao ponto de deixarem de comer se se sentirem sozinhas ou desprezadas. Por isso não convém deixá-las por muito tempo sozinhas, com certeza ela vai sentir sua falta.
São ótimas companhias e quando ensinadas chegam a assobiar cantos e até mesmo a repetir pequenas palavras. Elas adoram brincadeiras, portanto será muito bom se vc comprar uns brinquedinhos e colocar dentro da gaiola. Convém acostumar a ave a certas rotinas, como hora de dormir, sair e entrar na gaiola, comer, etc.
Elas adoram tomar banho, outras preferem que borrifem água nelas. Com o tempo você vai se adaptando aos costumes da sua ave. Mantenha sempre a banheirinha com água limpa e fresca à disposição de seu bichinho.
Elas passam boa parte do tempo se coçando e limpando as penas. Não estranhe esse fato. É normal. Mas é bom sempre observar qualquer aspecto diferente.

Origem e Ficha Técnica.

As calopsitas têm seu nome derivado de uma palavra alemã "kakatielje", que significa "pequena cacatua". O nome científico é Nymphicus hollandicus, que significa "Deusa da Nova Holanda", antigo nome da Austrália (entre 1700-1800).
Ordem:
Psittaciformes
Familia: Cacatuidae
Gênero: Nymphicus hollandicus
Nacionalidade: Austrália
Nome comum: calopsita (Brasil), cockatiel (inglês), caturra (Portugal)
Tamanho:
30 cm, do bico a ponta da cauda
Envergadura:
45cm
Longevidade: 20 a 25 anos (se for bem cuidada, com dieta balanceada e atividades)
Habitat natural: bosques abertos, com vegetação baixa e poucas árvores
Dieta:
Na natureza alimenta-se de sementes, além de frutos e insetos. Diferentemente dos outros Psitacídeos que preferem o topo das árvores, costuma alimentar-se no chão.
Reprodução: Na natureza reproduz-se nas épocas das chuvas quando os alimentos são mais abundantes, faz seu ninho em buracos já existentes nas árvores, geralmente em eucaliptos próximos à água. Em cativeiro, a reprodução ocorre o ano todo.
Postura: De 4 a 6 ovos.
Incubação: 17 a 23 dias.
Ninho: Caixa de Madeira 20 x 20 x 30 cm.

Em 1838, John Gould, ornitólogo inglês, autor bem sucedido de livros sobre história natural, enfocando principalmente aves, visitou a Austrália objetivando conhecer sua fauna, até então pouco conhecida e realizar ilustrações de aves. Foi a partir de seu retorno em 1840, através dos livros e ilustrações divulgadas, que o público teve sua atenção chamada para a beleza das aves daquele continente, especialmente a Calopsita. Ainda é creditado a esse pesquisador o fato de ter sido a primeira pessoa a levar Calopsitas para fora da Austrália, contribuindo decisivamente para divulgação da espécie.
Por volta de 1884, a Calopsita já se encontrava bem estabelecida nos aviários europeus. Entretanto, a disseminação maciça dessa ave somente ocorreu a partir do surgimento da primeira mutação de cor, o arlequim, pouco antes de 1950. A partir daí, outros padrões de cores foram sendo fixados, ganhando então a Calopsita enorme popularidade, igualando-se, praticamente, àquela do periquito australiano.

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